Na primeira cena, a bandeira de Exu (PE), sua terra natal de onde veio a estabelecer resid\u00eancia na Rua Ferreira de Andrade, 965, Cachambi, zona norte do Rio. A refer\u00eancia das bandeirinhas ao fundo \u00e9 tamb\u00e9m um tributo ao artista Volpi.\n

\nAo lado, uma fotografia cl\u00e1ssica que mostra a fam\u00edlia Gonzaga reunida em seu s\u00edtio que tem em primeiro plano seus pais: Janu\u00e1rio (tocando oito baixos) e Dona Santana (tocando zabumba).\n

\nTanto Luiz como Z\u00e9 Gonzaga (que aparece dan\u00e7ando na foto), foram ilustres moradores do bairro e muitas foram as hist\u00f3rias que ouvimos de antigos moradores e transeuntes que conversamos durante o processo.\n

\nLuiz Gonzaga morou no Cachambi entre 1949 e 1962 e ao longo da semana contaremos mais sobre essa hist\u00f3ria maravilhosa que traz a mem\u00f3ria de um dos maiores artistas do Brasil no pacato bairro suburbano carioca.\n

\nAfinal, o bai\u00e3o \u00e9 carioca?\n<\/h2>\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/section>\n\t\t\t\t

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\n\t\t\t\t\t\t\t<\/i>\n\t\t\t\t\t\t\tNext<\/span>\n\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/section>\n\t\t\t\t

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Quando chegou ao Rio em 39, Gonzaga come\u00e7ou a ganhar a vida tocando no bar Espanhol, na zona do baixo meretr\u00edcio do Mangue. Um repert\u00f3rio de foxtrotes, valsas, tangos e boleros, muito distante de suas ra\u00edzes nordestinas. \n

\nCerta noite, no bar da zona do Mangue, atendendo ao pedido de um grupo de estudantes cearenses, ele tocou m\u00fasicas nordestinas: P\u00e9 de serra, que mais tarde seria gravada com o t\u00edtulo de Xamego, e Vira e Mexe. O sucesso foi grande e, logo depois, ele chegaria ao r\u00e1dio, participando do programa de calouros de Ary Barroso.\n

\nEm 1941, gravou seu primeiro disco 78 RPM, Vira e Mexe, que ele definiu como \u201cchoro nordestino\u201d. Somente como solista de sanfona, Gonzaga gravou cerca de 70 m\u00fasicas, durante quatro anos consecutivos.\n

\nJ\u00e1 em 1945, ele come\u00e7a a parceria com Humberto Teixeira, poeta e compositor cearense. O encontro foi fundamental para o lan\u00e7amento do m\u00fasico como cantor, o que lhe daria popularidade nacional, sobretudo a partir da grava\u00e7\u00e3o de Asa Branca, em 1947.\n

\nGonzaga e Humberto Teixeira chegaram \u00e0 conclus\u00e3o de que entre todos os ritmos do Nordeste, o bai\u00e3o, ainda desconhecido no Rio, seria o mais adapt\u00e1vel \u00e0 cultura urbana que tinha, no Rio de Janeiro, a grande caixa de resson\u00e2ncia nacional.\n

\n\u201cO seu in\u00edcio foi na R\u00e1dio Clube do Brasil, no programa de Renato Murce, e depois foi para a R\u00e1dio Tamoio, que lhe ofereceu um cach\u00ea maior\u201d, conta. Quando foi para a Nacional, Luiz Gonzaga reencontrou Renato Murce, que apresentava o programa Alma do Sert\u00e3o. \u201cE foi devido ao alcance que a Nacional tinha em todo o pa\u00eds que se deu a sua grande proje\u00e7\u00e3o\u201d.\n

\nGerdal recorda que ficou impressionado com a seriedade com o que o sanfoneiro encarava o trabalho na r\u00e1dio. \u201cEle era uma pessoa muito caprichosa e muito profissional. Eu tive oportunidade de ver quando ele ia para o est\u00fadio. Gonzaga ficava ensaiando as m\u00fasicas o dia inteiro, diferentemente de todos os outros que atuavam conosco naquela \u00e9poca\u201d, lembra.\ntexto adaptado de Paulo Virg\u00edlio para a EBC\n

\nEm 16 de junho de 1948, Luiz Gonzaga casou-se na Igreja de Nossa Senhora Aparecida, na Rua Ferreira de Andrade, no Cachambi, mesma rua de sua casa, com a tamb\u00e9m pernambucana Helena Cavalcanti, professora que tinha se tornado sua secret\u00e1ria particular.\n

\nLogo depois adotaram Rosinha, sua filha que cresceu na bela casa que at\u00e9 hoje encanta os que passam pela frente.\n

\nDestaque para a foto do casamento, a bandeira do Botafogo (Gonzag\u00e3o era alvinegro no Rio) e seu papagaio preferido, com a refer\u00eancia da fotografia da Revista da Semana, de 1950.\n

\nTamb\u00e9m h\u00e1 uma homenagem no quadro com uma pintura da casa onde Gonzaga morou em Exu (PE), sua cidade natal.\n

\n\u201c\u00caste cabra da peste \u00e9 meu herdeiro art\u00edstico\u201d\n

\nFoi nessa casa do Cachambi onde Luiz Gonzaga apresentou Dominguinhos pela primeira vez ao p\u00fablico em 1957, durante seu anivers\u00e1rio.\n

\nQuantos segredos nossos sub\u00farbios e nossos ancestrais negros nos s\u00e3o escondidos?\n

\nSegue relato de Dominguinhos para a revista \u201cContexto\u201d em 2012:\n

\n\u201cQuando eu conheci Luiz Gonzaga em Garanhuns (PE), que \u00e9 minha terra, eu conheci Luiz Gonzaga com meus dois irm\u00e3os, Morais (faleceu aos 57 anos em Salvador\/BA), que era o sanfoneiro que tocava oito baixos, eu\ntocava pandeiro, e meu outro irm\u00e3o Valdomiro, que era o mais novo, tocava um instrumento que meu pai fazia que chamava \"mel\u00ea\". \n

\nE, num dia, l\u00e1 em Garanhuns, a gente estava tocando na porta do Hotel Tavares Correia - e n\u00f3s n\u00e3o pod\u00edamos ultrapassar o port\u00e3o, aquela coisa de h\u00f3spedes. - pois bem, naquele dia, nos puseram para tocar\nl\u00e1 dentro, no sal\u00e3o, para algumas pessoas e, entre essas pessoas, estava Luiz Gonzaga, essa figura. Eu tinha oito anos de idade e meu irm\u00e3o Morais tinha dez, o Valdomiro tinha seis anos, j\u00e1 tocando no mel\u00ea. A\u00ed, n\u00f3s tocamos para aquele cidad\u00e3o, mais umas dez pessoas, que estavam numa mesa grande. A\u00ed ele meteu a m\u00e3o no bolso e tirou um bolo de dinheiro e entregou a meu irm\u00e3o, que era o mais velhinho e, o mais importante de tudo: mandou algu\u00e9m escrever o endere\u00e7o dele do Rio de Janeiro que, se um dia, a gente pendesse pra l\u00e1, ele ia nos ajudar. Foi assim que eu conheci Luiz Gonzaga sem saber quem ele era.\u201d\n

\nE l\u00e1 ele foi! E que bom saber da riqueza da nossa ZN e a hist\u00f3ria negra e nordestina costurando nossa ess\u00eancia!\n<\/h2>\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/section>\n\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/section>\n\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

MUROS LUIZ GONZAGA MUROS   LUIZ GONZAGA Na primeira cena, a bandeira de Exu (PE), sua terra natal de onde veio a estabelecer resid\u00eancia na Rua Ferreira de Andrade, 965, Cachambi, zona norte do Rio. A refer\u00eancia das bandeirinhas ao fundo \u00e9 tamb\u00e9m um tributo ao artista Volpi. Ao lado, uma fotografia cl\u00e1ssica que mostra …<\/p>\n

Muro: Luiz Gonzaga<\/span> Leia mais »<\/a><\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":1434,"parent":0,"menu_order":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","template":"elementor_header_footer","meta":{"footnotes":""},"yoast_head":"\n