Manuel Congo, lideran\u00e7a da hist\u00f3rica revolta que ocorreu no final da d\u00e9cada de 1830 em Paty do Alferes (RJ). A parte que retrata Mariana Crioula ficou sob a responsa de @julianafervo tendo tamb\u00e9m a arte de @kajaman fechando a narrativa.\n

\nManoel Congo liderou uma revolta que abalou as estruturas do Vale do Para\u00edba Fluminense, desafiando os poderosos Bar\u00f5es do Caf\u00e9 da regi\u00e3o.\n

\nIndignado com mais um brutal assassinato na Fazenda Freguesia, uma das propriedades de Manoel Francisco Xavier em Paty do Alferes, o grupo capitaneado por Manoel Congo rompeu os port\u00f5es da senzala, resgatou as mulheres no sobrado e ainda libertou outras centenas de negros e negras em outra fazenda do mesmo propriet\u00e1rio. Estima-se que entre 200 e 400 pessoas empreenderam fuga naquele in\u00edcio de novembro de 1838, embrenhando-se pelas matas da serra onde fundariam o Quilombo no qual Congo e Marianna Crioula foram eleitos rei e rainha. \n

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O levante fez com que a Guarda Nacional fosse acionada, deslocando mais de 150 homens para encontrar o Quilombo rec\u00e9m-formado. Em 10 de novembro, liderada por Lu\u00eds Alves de Lima e Silva - que se tornaria o Duque de Caxias -, a tropa conseguiu encontrar e cercar os quilombolas. Segundo relato da \u00e9poca, Marianna Crioula resistiu bravamente ao espancamento, enquanto gritava \u201cmorrer sim, entregar n\u00e3o!\u201d. Congo foi derrubado com um tiro na perna. \n

\nAo final do embate, dezenas de negros e negras morreram ou ficaram feridos e uma parte escapou pela floresta. Congo, Crioula e mais 14 pessoas foram presas e levadas para Vassouras. O julgamento, que evidentemente n\u00e3o respeitava qualquer tr\u00e2mite legal, ocorreu em janeiro de 1839, diante da Igreja Matriz de Vassouras. Os historiadores Marcia Amantino e Manolo Florentino destacam que a humanidade das pessoas escravizadas s\u00f3 era reconhecida para a puni\u00e7\u00e3o delas por algum suposto crime: \u201c(o escravizado) Era uma propriedade, enfim. O ordenamento jur\u00eddico da sociedade o constitu\u00eda como tal, exceto no que concerne \u00e0 transgress\u00e3o da lei. A legisla\u00e7\u00e3o cuidou, \u00e9 verdade, de regular o seu uso, como normalmente acontece com outros tipos de propriedade\u201d. \n

\nManoel Congo foi condenado, de forma ir\u00f4nica, \u00e0 \u201cmorte natural por enforcamento\u201d - Marianna Crioula, Rita, Louren\u00e7a, Joanna Mofumbe, Josefa Angola e Em\u00edlia Conga foram absolvidas; enquanto Affonso Angola, Justino Benguela, Miguel Cre\u00f4lo, Bellarmino, Canuto Mo\u00e7ambique, Antonio Magro e Pedro Dias foram sentenciados a receber 50 a\u00e7oites durante 13 dias (650 ao todo em cada um) e a usar uma gargalheira de ferro por tr\u00eas anos.\n

\n\nO muro foi pintado na quadra do Morro da Provid\u00eancia em parceria com a @entreoceueafavela\n

\nArte: @cazearte \nPesquisa e produ\u00e7\u00e3o: @rajao.pedro com a contribui\u00e7\u00e3o de @rhuan86 \n

\nFotos: Renato Barbosa<\/h2>\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/section>\n\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/section>\n\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

MUROS MANUEL CONGO MUROS   MANUEL CONGO Manuel Congo, lideran\u00e7a da hist\u00f3rica revolta que ocorreu no final da d\u00e9cada de 1830 em Paty do Alferes (RJ). A parte que retrata Mariana Crioula ficou sob a responsa de @julianafervo tendo tamb\u00e9m a arte de @kajaman fechando a narrativa. Manoel Congo liderou uma revolta que abalou as …<\/p>\n

Muro: Manuel Congo<\/span> Leia mais »<\/a><\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":1434,"parent":0,"menu_order":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","template":"elementor_header_footer","meta":{"footnotes":""},"yoast_head":"\n