Prata Preta, o grande l\u00edder da Revolta da Vacina, foi homenageado pelo NegroMuro na @fundacaodarcyvargas atrav\u00e9s do Programa Evid\u00eancias das Culturas Negras, um novo projeto de extens\u00e3o que visa o protagonismo das escolas neste territ\u00f3rio, potencializando trocas com a comunidade escolar que transita nesses espa\u00e7os: os alunos, professores e outros grupos envolvidos da comunidade, propondo em colabora\u00e7\u00e3o com estes alunos um circuito art\u00edstico ancestral atrav\u00e9s de forma\u00e7\u00e3o de letramento racial, oficinas educativas e interven\u00e7\u00f5es art\u00edsticas que demarcam novos espa\u00e7os de mem\u00f3ria e leitura fortalecendo a rela\u00e7\u00e3o destes agentes de territ\u00f3rio com estes espa\u00e7os.\n

\na arte de Prata Preta buscamos retratar a cena da barricada \u201cPorto Artur\u201d.\n

\nEm 10 novembro de 1904, ocorreu nas ruas do Rio de Janeiro, ent\u00e3o capital da Rep\u00fablica, uma s\u00e9rie de manifesta\u00e7\u00f5es populares que contestavam a obrigatoriedade da vacina\u00e7\u00e3o contra var\u00edola e que resultaram em confrontos com as for\u00e7as de seguran\u00e7a que perduraram at\u00e9 o dia 16 de novembro e, para conter a revolta popular, foi decretado o estado de s\u00edtio e revogada a obrigatoriedade da vacina\u00e7\u00e3o.\n<\/h2>\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/section>\n\t\t\t\t

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\n\t\t\t\t\t\t\t<\/i>\n\t\t\t\t\t\t\tNext<\/span>\n\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/section>\n\t\t\t\t

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Essa convuls\u00e3o social recebeu o nome de Revolta da Vacina ou Quebra Lampi\u00f5es e teve como saldo oficial 30 pessoas mortas, 110 feridas e 945 presas na Ilha das Cobras, que foram posteriormente deportadas, se estrangeiras, ou desterradas para o norte do pa\u00eds, se brasileiras, principalmente para o Acre, \u00e0 \u00e9poca, territ\u00f3rio federal rec\u00e9m-incorporado ao Brasil.\n

\nUma das figuras de destaque nesta revolta foi o estivador e capoeira Hor\u00e1cio Jos\u00e9 da Silva, o Prata Preta, reconhecido por muitos pela lideran\u00e7a em um dos principais redutos da resist\u00eancia popular, a barricada Porto Arthur, localizada no Bairro da Sa\u00fade, assim denominada em refer\u00eancia \u00e0 violenta batalha ocorrida na guerra russo-japonesa (1904-1905). \n

\nPintamos numa escola que fica precisamente no per\u00edmetro de onde eclodiu a revolta.\n

\nTamb\u00e9m trabalhamos em sala de aula o tema com os alunos da @fundacaodarcyvargas.\n

\nO muro faz parte da parceria com o @museudoamanhacomo parte do programa Evid\u00eancias das Culturas Negras\n

\nAp\u00f3s decreto de estado de s\u00edtio, as barricadas da Sa\u00fade \u2013 que ocupavam toda a rua da Harmonia \u2013 foram atacadas: o Ex\u00e9rcito avan\u00e7ou por terra, e a Marinha, com o coura\u00e7ado Deodoro, submeteu os revoltosos pelo mar.\n

\nConforme as tropas avan\u00e7avam, as trincheiras comandadas pelo estivador e capoeirista Prata Preta foram abandonadas, e muitos homens foram presos. \n

\nSobre o paradeiro de Prata Preta, que enganou as tropas militares com seus \u201cmateriais b\u00e9licos\u201d improvisados, quase nada se sabe ap\u00f3s sua captura e deporta\u00e7\u00e3o para o Acre.\n

\nO embarque dos desterrados de 1904 para o Acre deu-se atrav\u00e9s de navios denominados paquetes, conhecidos como Itas, movidos a vapor e pertencentes \u00e0 Companhia Nacional de Navega\u00e7\u00e3o Costeira e foram alugados pelo Governo Federal para o transporte dos desterrados.\n

\nOs prisioneiros eram alocados nos por\u00f5es em condi\u00e7\u00f5es de promiscuidade, sem direito de subir ao tombadilho e vigiados por forte contingente de militares.\n

\nTr\u00eas paquetes foram respons\u00e1veis por transportar os \u201cdesterrados\u201d de 1904 \u2013 Itaipava, com duas viagens, Itaperuna e Itapacy, com uma viagem cada.\n

\nO trajeto entre o RJ e Bel\u00e9m do Par\u00e1 levava, em m\u00e9dia, 11 dias, e entre Bel\u00e9m e Manaus, 5 dias. Quando em Manaus, os desterrados eram transferidos para barcos regionais de menor calado, os \u201cgaiolas\u201d ou \u201cbatel\u00f5es\u201d. Estes barcos ent\u00e3o seguiam rumo ao Territ\u00f3rio do Acre e, dependendo do seu destino, poderiam navegar por tr\u00eas tribut\u00e1rios do Rio Amazonas, os rios Madeira, Purus e Juru\u00e1.\n

\nPrata Preta foi preso em 17\/11\/1904, \u00e0s 9 horas da manh\u00e3, fora das trincheiras de Porto Arthur. Portava consigo dois rev\u00f3lveres, uma faca e uma navalha e seu corpo estava marcado de contus\u00f5es causadas por espada. Foi levado com outros 96 presos para a Ilha das Cobras para serem posteriormente embarcados para o Acre.\n<\/h2>\t\t<\/div>\n\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/section>\n\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t<\/section>\n\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t\t\t\t<\/div>\n\t\t","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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