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NEGRO MURO

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MÃE BEATA DE YEMANJÁ

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MÃE BEATA DE YEMANJÁ

Mãe de quatro filhos biológicos e de milhares de filhos que acolheu tanto em seu terreiro de candomblé Ilê Omiojuarô, que funciona há mais de 30 anos em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, e por quer que passasse, ela nasceu Beatriz Moreira Costa, em 20 de janeiro de 1931, no Recôncavo Baiano. Tinha orgulho de ser mulher negra e nordestina, além da mesma grandeza de icônicos líderes religiosos.

Num mundo que ofereceu a ela, suas filhas e seus filhos tanto o racismo quanto a intolerância, Mãe Beata fez um convite à paz: Mãe Beata que, diferentemente de muitos religiosos, nunca se esquivou de temas polêmicos e seu ativismo rendeu prêmios e a levou para conferências internacionais sobre direitos humanos.

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PROCESSO

Criticou abertamente o racismo, o machismo e a homofobia. “Eu enfrento com a palavra. Eu luto com a fé e o amor”. Ela, que não precisou de diploma de doutora para espalhar sua imensa sabedoria – “eu mesma me alfabetizei, eu mesma fiz todas as universidades do mundo” -, foi escritora e, dentre vários artigos, publicou também dois livros: “Caroço de Dendê – A Sabedoria dos Terreiros” e “Histórias que minha avó contava”.

Foi tema de tese do doutorado de Glória Cecília de Souza Filho pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (“Os Fios de Contos, de Mãe Beata de Yemonjá – Mitologia Afro-brasileira e Educação”). Mãe Beata foi homenageada na Rua do Riachuelo, na Lapa, um dos bairros inaugurais da cidade, historicamente proletário, boêmio, negro e com grande diversidade religiosa.