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Muro: Matriarcas da Pequena África - NEGRO MURO
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NEGRO MURO

MUROS

MATRIARCAS DA PEQUENA ÁFRICA

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MATRIARCAS DA PEQUENA ÁFRICA

As Tias Baianas da Pequena África foram mulheres atuantes e influentes, verdadeiras lideranças de sua época: ialorixás, rezadeiras, erveiras, compositoras, instrumentistas, cantoras, agentes transformadoras em um território tido como essencialmente masculino, como é o caso de Ciata, Perciliana, Carmem do Ximbuca, Maria Adamastor, Amélia Aragão, Mariquita, entre outras.

Fazem parte de um mundo feminino desvalorizado, obscurecido por uma construção histórica criada pelas classes superiores, focada nos grandes personagens, nos grandes eventos supostamente mais importantes, no domínio da vida pública, na tradição escrita, com escassos ou mesmo nenhum interesse na face doméstica, na tradição oral, no conhecimento das mulheres.

O muro foi o segundo em parceria com o @museudoamanha através do Programa Evidências das Culturas Negras, um novo projeto de extensão que visa o protagonismo das escolas neste território, potencializando trocas com a comunidade escolar que transita nesses espaços: os alunos, professores e outros grupos envolvidos da comunidade, propondo em colaboração com estes alunos um circuito artístico ancestral através de formação de letramento racial, oficinas educativas e intervenções artísticas que demarcam novos espaços de memória e leitura fortalecendo a relação destes agentes de território com estes espaços.

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Desde os tempos memoráveis, os grandes eventos artísticos e culturais acontecidos no Rio de Janeiro tiveram nas mulheres negras, as Tias Baianas, como as grandes fomentadoras, criadoras e incentivadoras. Quando elas não estavam envolvidas na criação, eram presenças certas como as grandes atrações do evento.

Em fins do século XIX e início do século XX, devido à perseguição da polícia e das autoridades políticas, por causa da prática aos cultos afros brasileiros, um grande contingente de matriarcas baianas e seus familiares migraram para a então, Capital Federal.

Com sua fé, orixás, balangandãs, samba de roda, espírito solidário e vastos conhecimentos culinários essas negras senhoras, conhecidas como Tias Baianas, instalaram-se na Praça Onze e bairros da Zona Portuária, como Gamboa, Saúde, Santo Cristo, Morro da Conceição, Pedra do Sal e Praça Mauá. Esse reduto devido, ao grande contingente negro, ficou culturalmente conhecido como a Pequena África.

O muro foi o segundo em parceria com o @museudoamanha através do Programa Evidências das Culturas Negras, um novo projeto de extensão que visa o protagonismo das escolas neste território, potencializando trocas com a comunidade escolar que transita nesses espaços: os alunos, professores e outros grupos envolvidos da comunidade, propondo em colaboração com estes alunos um circuito artístico ancestral através de formação de letramento racial, oficinas educativas e intervenções artísticas que demarcam novos espaços de memória e leitura fortalecendo a relação destes agentes de território com estes espaços.


Tia, sinônimo de poder!

Foi na Pequena África que surgiram os grandes nomes do ranho, das grandes sociedades, do samba e do carnaval fluminense como Tia Ciata, considerada, uma entre tantas tias.

Se na Praça Onze Tia Ciata, Tia Bibiana, Perciliana e Tia Tereza se destacavam pelas grandes festividades, pelos tabuleiros nas praças da cidade, pelas ações sociais espontâneas e pelo candomblé; na Zona Portuária, – especificamente na Pedra do Sal, – Tia Sadata agia da mesma forma e essência. Devido ao fomento às atividades culturais, artísticas e festivas na Capital Federal, as Tias Baianas eram respeitadíssimas e veneradas por nomes como o Maestro Villa Lobos e Chiquinha Gonzaga, além de autoridades como o Presidente Wenceslau Braz, que teve uma erisipela curada pelas rezas da Tia Ciata.

As Tias Pioneiras da Pequena África e do Morro da Mangueira tiveram suas sua sucessoras por meio da Tia Eulália do império; Tia Vicentina da Portela, Tia Neuma e Tia Zica da Mangueira e Tia Neném do Salgueiro. Senhoras que prestaram relevantes serviços não só ao samba e ao carnaval, mas também nas atividades sociais das suas comunidades.

Hoje, na quase na metade da segunda década do século XXI, as das Tias do Samba são as Tias das Alas das Baianas, das Escolas de Samba.

Segundo a antropóloga, professora e escritora @helenatheodoro_ , “As grandes guerreiras do samba são as Tias das Alas das Baianas, que representam as cabeças coroadas pelos cabelos brancos, simbolizando a sabedoria africana dos mais velhos”.